30 de jun. de 2005

PRIVILÉGIOS

Se fosse possível reduzir a população do mundo inteiro em uma vila de 100 pessoas, mantendo a proporção do povo existente agora no mundo, tal vila seria composta de:

57 - Asiáticos
21 - Europeus
14 - Americanos (Norte, Centro e Sul)
08 - Africanos
52 - seriam mulheres
48 - homens
70 - não brancos
30 - brancos
70 - não cristãos
30 - seriam cristãos
89 - seriam heterossexuais
11 - seriam homossexuais

E mais...06 pessoas possuiriam 59% da riqueza do mundo inteiro e todos os 06 seriam dos EUA.

80 viveriam em casas inabitáveis
70 seriam analfabetos
50 sofreriam de desnutrição
01 estaria para morrer
01 estaria para nascer
01 teria computador
01 (sim, apenas 1) teria formação universitária

Se o mundo for considerado sob esta perspectiva, a necessidade de aceitação, compreensão e educação torna-se evidente.

Considere ainda que se você acordou hoje mais saudável que doente, você tem mais sorte que um milhão de pessoas que não verão a próxima semana.

Se nunca experimentou o perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia da tortura, a dor da fome, você tem mais sorte que 500 milhões de habitantes no mundo.

Se você pode ir à igreja sem o medo de ser bombardeado, preso ou torturado, você tem mais sorte que 3 milhões de pessoas no mundo.

Se você tem comida na geladeira, roupa no armário, um teto sobre sua cabeça, um lugar para dormir, considere-se mais rico que 75% dos habitantes deste mundo.

Se tiver dinheiro no banco, na carteira ou um trocado em alguma parte,considere-se entre os 8% das pessoas com a melhor qualidade de vida no mundo.

Se seus pais estão vivos e ainda juntos, considere-se uma pessoa muito rara.

Se puder ler esta mensagem, você recebeu uma dupla benção, pois alguém pensou em você e você não está entre os 2 milhões de pessoas que não sabem ler. E faz parte de 1% da população que possui computador.

Vale a pena tentar...

"Ame como se ninguém nunca o houvesse feito sofrer
Trabalhe como se não precisasse do dinheiro
Dance como se ninguém estivesse olhando
Cante como se ninguém estivesse ouvindo
Viva como se aqui fosse o paraíso."

21 de jun. de 2005

Para a Bárbara

São Paulo, hoje.

Bárbara,

Tem tantas coisas que fizemos e ainda QUERO fazer com VOCÊ!!

Exemplos: andar na rua morrendo de rir. Chorar de fininho. Tomar café expresso quatro e meia da tarde de domingo. Reler uns pedaços de uns livros que já sei que são ótimos. Descobrir ótimos novos livros. Comer lentilha com bastante lingüiça na primeira hora do primeiro dia do ano-novo. Aprender a usar palitinho no lugar de garfo. Andar de ônibus, esquecidos, no último banco. Tomar injeção. Perguntar as horas sem estar muito aflito. Escolher as cores das coisas. Escrever os nomes na porta do banheiro. Tomar sorvete no frio. Tomar chá no calor. Tomar uma garrafa de vinho. Decidir de repente qualquer coisa e fazer antes de “arregar”. Tirar cravos. Espremer espinhas. Ficar bêbado de cair. Cair e levantar gargalhando. Comprar roupa. Lavar quintal. Fazer pizza. Esquecer a pizza no forno. Comer pizza queimada. Ver você desfilar de sapato novo. Ficar dentro do carro no lava-rápido, vendo o temporal de mentira. Ver você desfilar só de sapato. Ver você com todas as suas roupas. Decorar as que você mais gosta. Fazer palhaçada pra câmera de circuito interno do banco. Encontrar sua calcinha esquecida em algum lugar, tipo banheiro ou pé da cama, enroladinha nela mesma, fazendo um oito de pano. Acordar. Dormir. Ficar na fila. Tomar banho. Tomar Cebion. Jogar pega-vareta. Ficar pelado. Passar fim de ano, com contagem regressiva na televisão e rojão explodindo lá fora. Lavar o rosto numa bica. Ficar. Colocar água no filtro. Fazer xixi no bosque enquanto o outro vigia. Ver o que é igual. Ver o que é diferente. Segurar a cabeça do outro na hora do vômito. Pegar a mão e apertar e o outro apertar de volta. Deixar recado comprido na secretária eletrônica. Ver o outro onde o outro não consegue se ver. Ver o que o outro quer que a gente veja. Fazer uma lista de quem o outro parece. Contar pintas. Pentear os pelinhos. Ir pra praia. Deixar a água salgada bater no corpo, indo e vindo, sendo areia, sendo pedra, sendo mato. Comer negócios estranhos crus num restaurante japonês. Comprar remédio sexta a noite. Pedir. Ganhar. Levar. Levar uma, das boas. Estalar os dedos. Pôr a coluna no lugar. Mostrar uma coisa. Duvidar, mas porque se quer saber mais e mais. Trocar lâmpada. Consertar tomada. Tomar choque. Dar banho. Saber a história de cada cicatriz, de cada pelinha soltando, de cada unha quebrada. Arrotar sem querer. Assistir filmes bons. Sair no meio dos filmes que não interessam. Costurar um furinho. Pregar um botão. Imitar bicho. Tirar lixo. Recolher cabelos do ralo. Revirar no melado do lençol. Gastar pilha. Deixar bilhete. Deixar de lado. Experimentar cachimbo. Fazer careta com a boca cheia de pasta de dente. Cuidar do sono. Experimentar um refrigerante novo, horrível como drops derretido. Ter mais uma escova de dentes. Telefonar, contando até três pra que os dois desliguem ao mesmo tempo, mas nem assim. Ser cuidado de bandeja e toalhinha. Gostar do que você gosta. Apalpar depois de um pesadelo. Criar um bicho de estimação que fique doente de vez em quando, precisando de uma caixa de papelão, um cobertor bem gasto e atenção. Fritar ovo. Fritar pão. Fazer torrada. Tomar sopa. Cutucar todos os buraquinhos, secos e molhados. Contornar com a ponta dos dedos todas as partes macias, como quem desenha um mapa. Empurrar todas as partes duras, como quem segura uma coisa pra se defender. Soprar cisco. Tirar felpa. Pinçar ferrão. Puxar a cortina. Fechar a persiana. Matar formiga no chão da sala. Beijar o sovaco suado. Lamber a cara salgada. Beijar ossinho por ossinho que apareça por baixo da pele. Pedalar. Colocar band-aid. Enfaixar. Tossir. Espirrar. Viajar de avião. Morrer de medo. Ouvir um segredo, deixando ele sair com choro, devagar, por horas e horas. Torcer a cara ardida pro sol que nasce. Bocejar um bocejo puxando outro. Pisar na madeira macia das casas antigas. Comprar cadarço sábado cedo. Grudar retratos. Espetar retratos. Enquadrar retratos. Sentir cheiros. Pisar em poça d’água. Soltar pum. Habituar-se. Estranhar. Sofrer de saudade como rubéola em gente grande, quando não se pode mover um músculo sem aquela dor. Desembaraçar correntinhas. Fechar o zíper de um vestido. Abrir o zíper de vários vestidos, ouvindo a música desses barulhinhos. Copiar a assinatura. Acertar o relógio. Guardar lugar. Assistir jogo do Brasil na tevê. Apagar a tevê. Colecionar alguma porcaria. Ficar sem graça. Jogar fora. Guardar dentro. Procurar uma coisa besta, como uma chave ou um documento. Ser encontrado por um troço importante. Misturar toalhas, sentindo as úmidas cheirosas. Buscar um copo d’água nem quente nem gelada no meio da noite. Fazer. Ser feito. Passar roupa. Lavar tênis. Perder as meias. Ver onde dói. Fuçar onde é bom. Dançar com o mesmo passo mas sentindo que ficou melhor. Ver dançar, estranhando a cintura conhecida. Ouvir música sem letra. Ouvir você chegar. Chegar. Curar soluço. Chorar por causa. Preencher cheque. Ficar chique. Ficar de qualquer jeito, tipo pijama e chinelo. Gastar uma caixa de fósforo, só acendendo por acender, vendo o jeito especial como queima cada palito. Ler bula. Bestar. Bundar. Subir de escada. Descer a rampa. Tentar aprender gaita. Desistir logo. Pensar que um troço é uma coisa tão importante, depois notar que ela não vale bosta nenhuma. Mudar móveis de lugar, descobrindo uma nova casa na casa velha. Se enfeitar com papel higiênico. Passar cola na mão e depois ficar tirando fiapo encardido. Estudar e aprender de verdade o que for de verdade. Embrulhar presentes. Comer uma melancia inteirinha babando suco e caroço. Pôr a mesa. Fazer feira. Fazer de conta. Fazer as contas. Tirar a mesa. Fazer excursão de barco. Ficar enjoado de barco. Depois não. Usar o mesmo rádio relógio na rádio esganiçada de acordar. Sair do ar. Cantar desafinado uma música pro outro lembrar. Passar creme. Passar pomada. Passar o tempo. Passar vergonha. Se achar o máximo. Responder na hora. Parar pra pensar. Pensar andando. Não saber responder e não inventar por isso e nada mais que isso. Pôr dedo no nó. Pôr dedo na ferida. Deixar a casquinha cair. Tirar espinha de peixe. Contar sonho. Contar pesadelo. Arrumar gaveta. Pintar parede. Envernizar cadeira. Pichar a porta da geladeira. Comer em churrasquinho rodízio e ficar jiboiando a tarde inteira. Trocar pneu. Trocar bujão de gás. Olhar pras fotos dos documentos e rir delas como se ri de uma piada velha. Comer coxinha de posto de gasolina a duzentos quilômetros de casa. Tomar sal de fruta deixando fazer cócegas no nariz. Plantar hera num vasinho e a coisa dar certo como espuma verde. Comprar caneca. Ouvir estômago roncar antes e depois das refeições. Entender de computador. Decifrar manual de forno de micro ondas. Sugerir. Brincar de mordomo e madame. De pega-pega pegando-pegando. Comprar peru pra temperar. Comentar revista de sacanagem e ficar conversando tipo “Olha que pintão!” ou “Nossa, o que eles tão fazendo!”. Cortar cabelo. Dar e levar uma bronca. Descascar mexerica. Descascar o abacaxi (e fazer suco). Levar jornal velho no lixo reciclável. Matar barata esmagada no ladrilho do banheiro no meio da gritaria. Conferir se as portas e as janelas estão fechadas por dentro. Usar óculos escuros. Se trancar sete dias. Cochilar no sofá. Tirar caca do nariz. Cortar unha encravada com tesourinha pequena assim. Assistir videoclipe alemão. Tirar fotografia. Gravar fita. Comprar CD. Deitar na barriga. Deitar na bunda. Reparar. Sair escolhendo o caminho enquanto se vai indo. Congelar comida. Perder a hora. Ganhar tempo. Esperar. Esquecer. Lembrar. Sentar junto debaixo de uma árvore, levandar de pau duro e (opa-opa!) ter que sentar de novo. Tomar no mesmo copo. Comer no mesmo prato. Falar a mesma língua. Se cortar com caco de vidro e correr pro hospital. Gritar contra o vento, com o grito voltando pra boca do outro. Beijar de língua até doer no músculo da bochecha. Combinar. Lavar louça com reggae no último volume. Passar a mão. Apertar. Esfregar. Beliscar. Morder. Chupar...

Viver.

Quer dizer: ir morrendo o pouquinho que se morre a cada dia, sem se preocupar com nada, sem virar um idiota, sem querer ser mais do que se é, sem querer saber o que se é antes de ser, pelo menos.

Ficar com você.

Depois ir ficando...

E ficar mais um pouco de novo...sempre.

Assinado:

Eu.

PS.: Texto do autor Fernando Bonassi, tão sensacional que resolvi copiar e postar aqui, claro, adaptado a minha realidade de vida tão feliz quanto a simplicidade e riqueza do texto.

17 de jun. de 2005

Semana passada me reun� com o pessoal do servi�o num bar, e na improvisa��o de fazer um som com alguns que tocam, outros que enganam, surgiu a banda FUN FOR DRUNKS. J� est�o surgindo convites para tocar mais por ai e divertir os pingaiadas de plant�o, e pasmem, existem f�s da banda...;>)) Posted by Hello

10 de jun. de 2005

1 - Festa no AP...;>)) Que nada, visitas em minha casa caixa de f�sforo, mas aconchegante e ensolarada. Fam�lia amigos...Maur�o o grande respons�vel por tudo! At� de meu casamento...�������! Posted by Hello
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Esta foto estava em outro blog esquecido. Ontem falei com a Salete e vai em homenagem a fam�lia gente fina dela...vou resgatar mais algumas muito boas... Posted by Hello

3 de jun. de 2005

A TONGA DA MIRONGA DO CABULETÊ

O significado de A Tonga da Mironga do Cabuletê.

Em 1970, Vinicius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de inaugurar a parceria com o disco "A Arca de Noé", fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino. Encontram o Brasil em pleno "milagre econômico". A censura em alta, a Bossa Nova em baixa. Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço por seus ideais. O poeta é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela "intelligentzia" tropicalista, que, pejorativa e injustamente, classifica sua música de "easy music". No Teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria. Vinicius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.
Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em nagô, entre eles «tonga da mironga do cabuletê», que significa «o pêlo do cu da mãe». O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o poeta. Vinicius compõe a música para apresentá-la no Teatro Castro Alves. Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa: «Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô».