8 de dez. de 2004

O velho e o moço

O velho e o moço (Rodrigo Amarante)

E
Deixo tudo assim.
C#m G#m
Não me importo em ver a idade em mim,
E E C#m G#m E
ouço o que convém. Eu gosto é do gasto

E C#m
Sei do incômodo e ela tem razão
G#m E
quando vem dizer que eu preciso sim
E C#m G#m
de todo o cuidado.

E C#m G#m
E se eu fosse o primeiro a voltar
E
pra mudar o que eu fiz,
C#m G#m
quem então agora eu seria?

C#m E F#m A
Tanto faz que o que não foi não é.
C#m E A C
Eu sei que ainda vou voltar... mas eu quem será?

[ E7M / C#m ] 4x


E C#m
Deixo tudo assim, não me acanho em ver
G#m E
vaidade em mim. Eu digo o que condiz.
E C#m G#m
Eu gosto é do estrago.

E C#m
Sei do escândalo e eles têm razão
G#m E
quando vêm dizer que eu não sei medir
C#m G#m
nem tempo e nem medo.

E C#m G#m
E se eu for o primeiro a prever
E C#m G#m
e poder desistir do que for dar errado?

C#m E F#m A C#m E
Ah, ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim?
F#m A
Dispenso a previsão!

C#m E F#m A
Ah, se o que eu sou é também
C#m E A C
o que eu escolhi ser aceito a condição.

[ B13 / C#7e9(-3) ] 4x

E7M C#m E7M
Vou levando assim
C#m E7M C#m E7M
que o acaso é amigo do meu coração
C#m E7M C#m E7M
quando fala comigo, quando eu sei ouvir...

[ C#m / E7M ] 2x

1 de dez. de 2004

ACHADOS E PERDIDOS

Mudei o endereço do blog, quer dizer, de prestador de serviço, que agora pretendo que seja definitivo, pois este é mais completo.

As fotos agora podem ser vistas em http://fotos.terra.com.br/album.cgi/donluiz

Segue mais uma clássica, do Mister Pereira em Boracéia - Litoral Norte SP - bem louco, no início dos anos 90.

FELICIDADE REALISTA

FELICIDADE REALISTA
(Mário Quintana)

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.

A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Lar doce lar



Clássica

Esta foto é clássica, de muitos anos atrás, de frente ao Bar da Dona Vera.